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Às vésperas do verão e com fronteiras fechadas, chegada de argentinos em SC está ameaçada

Portaria do governo federal do dia 27 de novembro proíbe a entrada de turistas estrangeiros no Brasil por meios terrestres
Às vésperas do verão e com fronteiras fechadas, chegada de argentinos em SC está ameaçada
Arquivo/Bruno Golembiewski/ND

Às vesperas da temporada de verão, Santa Catarina ainda convive com a incerteza da chegada de turistas argentinos, que costumeiramente ocupam em grande número a região litorânea do Estado. Uma portaria do governo federal do dia 27 de novembro proíbe a entrada de turistas estrangeiros no Brasil por meios terrestres.

Com isso, turistas argentinos podem entrar no Brasil apenas de avião. O fluxo destas pessoas costuma ser maior a partir da segunda semana de janeiro no Litoral catarinense, porém, o governo federal ainda não deu sinais de alterar a regra que está em vigor.

A incerteza sobre a reabertura das fronteiras freou a procura por reservas para a temporada, segundo Estanislau Bresolin, presidente do SHRBS (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Grande Florianópolis).

“Estamos com esse grande problema. Existe até um número significativo de argentinos que efetuaram reservas e que demonstram interesse em fazer, porém, há a preocupação dessas reservas serem canceladas por eles não poderem vir por meio terrestre. Hoje é nosso grande drama”, explica o presidente.

A outra grande preocupação, na opinião de Bresolin, é referente a segunda quinzena do mês de janeiro, uma vez que quem costuma movimentar o turismo no Estado nestas semanas seguintes ao início do ano são os estrangeiros.

“Temos preocupação com relação a segunda quinzena de janeiro e o mês de fevereiro. Temos um bom contingente para o fim do ano e início de 2021, com taxa de ocupação dos hotéis da região litorânea de Santa Catarina na faixa de 90%, o que preocupa são essas semanas seguintes”, pontua.

Problema “extra”

Além da fronteira terrestre fechada, o BCRA (Banco Central da Republica Argentina) anunciou no dia 25 de novembro a restrição de compras de passagens aéreas para o exterior e de serviços em outros países, como alugueis de carro e hospedagem, parceladas em cartões de crédito.

Em comunicado, a autoridade estabelece que as entidades financeiras a partir de 26 de novembro não deverão providenciar transações parceladas de clientes em outros territórios, sejam eles pessoa física ou jurídica.

Feira na Argentina

O tema, inclusive, foi levado pelo setor à FIT (Feira Internacional de Turismo da América Latina), em Buenos Aires, na Argentina. Representantes de Santa Catarina pediram ao governo federal a reabertura das fronteiras terrestres. O evento terminou nesta terça-feira (7).

“Várias pessoas do setor hoteleiro de Santa Catarina estiveram lá. O nosso pedido é que haja essa flexibilidade, iremos aguardar. A expectativa é que haja uma posição nesta quarta-feira (8)”, completa Bresolin.

Vale ressaltar que a Argentina permite a entrada de turistas brasileiros no país por meio terrestre. Além da imunização completa, para entrar também é necessário seguro viagem com cobertura para Covid-19 e PCR negativo realizado nas 72 horas anteriores à chegada.

Pedido reforçado

Em novembro, a Santur (Agência de Desenvolvimento do Turismo de Santa Catarina) encaminhou uma carta à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e ao gabinete da Casa Civil, em Brasília (DF), solicitando a abertura integral da divisa entre Brasil e Argentina.

O documento foi enviado do gabinete da Santur, pelo presidente Renê Meneses, para a gerência Geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegários da Anvisa.

O intuito da carta, de acordo com o previsto em reunião entre a Santur e integrantes da Anvisa na primeira semana de novembro, é o de contextualizar sobre a situação de Santa Catarina em relação ao enfrentamento da pandemia da Covid-19.

O texto cita o número de vacinados e a diminuição dos casos e mortes ocasionados pela doença. Por fim, também é reforçado a importância da entrada de turistas argentinos para a economia do turismo de Santa Catarina.

O que diz o governo federal?

A reportagem do ND+ procurou o Ministério do Turismo para comentar o tema, mas não obteve retorno até o fechamento do material.

 

Fonte(s): IAN SELL, FLORIANÓPOLIS

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